O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço é um direito fundamental para o trabalhador brasileiro. Infelizmente, a falta de depósitos por parte de algumas empresas têm prejudicado milhões de trabalhadores ao longo dos anos.
O número de ações trabalhistas ganhas para a recuperação do dinheiro não depositado no Fundo de Garantia são alarmantes. Segundo dados da Caixa Econômica Federal, nos últimos 21 anos, foram sacados R$42,2 bilhões, por 7.028.658 de trabalhadores. A média de valor sacado/recebido no Fundo de Garantia por trabalhador que entrou com uma ação trabalhista foi de R$7.303,29 atualizados monetariamente. O número de ações poderia ser bem maior, se o próprio trabalhador controlasse suas contas, gerenciando se a empresa vem depositando corretamente ou não o valor devido.
Mario Avelino, presidente do Instituto Fundo de Garantia do Trabalhador (IFGT), estima que anualmente, 28 milhões de trabalhadores perdem cerca de R$60 bilhões no Fundo de Garantia, devido a empresários e empregadores domésticos que não cumprem suas obrigações legais.
A solução para esse problema? O sistema FGND (Fundo de Garantia Não Depositado)
Para ajudar os trabalhadores a recuperarem seus direitos, o IFGT, em parceria com a Administração de Fundo de Garantia, irá lançar em 19 de fevereiro o sistema Fundo de Garantia Não Depositado (FGND). Este sistema revolucionário permitirá que os trabalhadores controlem os depósitos não realizados, fornecendo um extrato atualizado mensalmente.
O FGND fornecerá um extrato detalhado do fundo de garantia não depositado, incluindo saldo, juros, atualização monetária e a distribuição de lucro devida sobre os depósitos.
Os trabalhadores poderão testar o FGND gratuitamente por 30 dias, sem qualquer compromisso. Após esse período, será possível assinar o serviço por apenas R$5,50 por mês, permitindo o controle de até cinco contas distintas no Fundo de Garantia.
Mario Avelino destaca que a Caixa Econômica Federal, gestora do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, mostra apenas o saldo do que é depositado pelas empresas. “O FGND preenche essa lacuna, permitindo ao trabalhador ser o gestor preciso de suas contas, fornecendo um extrato do que não foi depositado”, conclui.