Você já teve dúvidas sobre os depósitos do Fundo de Garantia do Trabalhador? Já se perguntou se está recebendo todos os benefícios a que tem direito? O Instituto Fundo de Garantia do Trabalhador (IFGT) está conduzindo uma pesquisa até o dia 17 de janeiro para entender o conhecimento dos trabalhadores que não tiveram seus depósitos de Fundo de Garantia realizados pelas empresas ou empregadores domésticos.
A ideia é descobrir qual é o nível de entendimento sobre fraudes, perdas e depósitos não realizados. Atualmente, 203 mil empresas estão inscritas na Dívida Ativa da União, devendo um total de R$42 bilhões em dinheiro não depositado, prejudicando pelo menos cinco milhões de trabalhadores.
De acordo com a PNAD do 3º trimestre, 13.1 milhões de trabalhadores estão na informalidade, quando deveriam ter suas carteiras de trabalho assinadas. Estima-se que pelo menos 6 milhões de trabalhadores formais recebem parte do salário “por fora”, o conhecido Caixa 2. A ONG estima que mais de 25 milhões de trabalhadores foram e continuam sendo prejudicados por empresários e empregadores domésticos que não cumprem a lei.
Quem deve participar da pesquisa?
Esta pesquisa é direcionada para trabalhadores que têm ou já tiveram Fundo de Garantia e que trabalham ou trabalharam em empresas que não depositaram ou depositaram o Fundo. Além disso, se você recebe ou recebeu parte do salário “por fora” (como comissões, horas extras, adicionais, etc.) ou não possui carteira de trabalho assinada, sua participação é crucial.
Para Mario Avelino, presidente do Instituto Fundo de Garantia do Trabalhador, essa pesquisa é uma maneira de entender o perfil do trabalhador brasileiro e avaliar o conhecimento sobre o Fundo de Garantia, uma conquista importante para os trabalhadores.
Por que o Fundo de Garantia é fundamental?
Graças ao Fundo de Garantia, milhões de famílias conquistaram suas casas próprias, houve melhorias no saneamento básico e infraestrutura urbana (apesar de ainda haver muito a ser feito), foram gerados mais de 4 milhões de empregos diretos, e a economia foi impulsionada com mais de R$ 200 bilhões injetados a cada ano.
“Considero o Fundo de Garantia uma das maiores conquistas do trabalhador brasileiro nos últimos 77 anos, desde a criação da CLT em 1943. É uma poupança privada do trabalhador, onde as empresas devem depositar mensalmente 8% sobre a remuneração. Se o demitir sem justa causa, a empresa tem que pagar uma multa de 40%, ou 20% em caso de demissão por acordo”, destaca Avelino, acrescentando que é a segunda maior poupança do país, com um ativo de aproximadamente R$670 bilhões.
Participe da pesquisa e ajude a promover a conscientização sobre os direitos dos trabalhadores brasileiros! Acesse o site do IFGT agora mesmo.