Distribuição de lucros torna FGTS mais rentável que poupança

O Conselho Curador do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) aprovou a distribuição de parte dos lucros para os trabalhadores. Serão creditados nas contas vinculadas ao fundo R$ 7,5 bilhões, equivalentes a 66,23% do resultado positivo de 2019. O resultado total do ano passado foi de R$ 11,32 bilhões.

Os créditos devem ser pagos até 31 de agosto. A distribuição será feita proporcionalmente ao saldo de 31 de dezembro de 2019. A distribuição dos recursos permitirá que o FGTS tenha rendimento de 4,90%, somados juros e correções obrigatórias.

Dessa forma, o fundo rendeu mais que a poupança, que fechou 2019 com rentabilidade de 4,26%, e a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que terminou o ano passado em 4,31%.

Para o trabalhador calcular quanto será creditado em sua conta – ativa e inativa – do Fundo, basta pegar o saldo existente em suas contas até 31/12/2019 e multiplicar por 0,018447, explica Mario Avelino, presidente do Instituto Fundo de Garantia do Trabalhador (IFGT).

A distribuição de lucro é uma forma de diminuir as perdas geradas pelos expurgos da TR (Taxa Referencial), que atualiza monetariamente o Fundo de Garantia, e que desde setembro de 2017 é zero, ou seja, o FGTS, sem a distribuição de lucro, há três anos só rende 3%. Segundo Avelino, os expurgos entre 1999 e julho de 2020 já confiscaram mais de R$ 460 bilhões dos trabalhadores.

Ao menos 7 milhões de trabalhadores receberão lucro menor do que o devido, ou até não terão nenhuma distribuição de lucro, em função de mais de 236 mil empresas não terem depositado mais de R$ 35 bilhões do Fundo de Garantia.

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